Fica sentado, não deitado, deitar descansa, e não queres descansar, apenas observando como as vidas lá fora se movimentam, como tudo é tão irritantemente e insignificantemente e perfeitamente belo. Como a vida lá fora é movimentada, mesmo que num dia chuvoso monótono, mas mesmo assim, mais feliz que você. Pensas por um segundo em abandonar tudo e juntar-te à chuva, pois já que ela traz tanta felicidade às plantas, poderia pelo menos trazer-te um pouco de movimento. Mas a força é pouca e a vontade menor ainda. Não vês outra solução a não ser ficar trancado com teu conforto habitual, calor fingido e iluminação falha.
E é aí que te perdes, e é aí que percebes que a última luz se apagou, olha para trás e vê decepções, olha para a frente e vê iminentes erros, agora está apertado em teu próprio sentimento, sufocado pela própria mão, e agora se aproxima o terror, além do medo convencional que já era teu companheiro há décadas, pelo que parece. E este terror te consome como ácido e choras, derrete-te em lágrimas e desmorona em tua própria alma.
E me perguntas porque?
Porque tu és humano. E como tal, ama demais.
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