quinta-feira, maio 26, 2011

The Scientist

"Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No-one ever said that would be this hard
Oh take me back to the start!"
­                                            Coldplay
Singular e simplesmente bela música da banda britânica de poprock Coldplay faz-nos pensar: será que o mundo é realmente racional, ou nossas escolhas pela racionalidade apenas fazem com que a vida e as outras escolhas sejam cada vez mais difíceis, tão difíceis, que a única solução é recomeçar tudo de novo?

O ser humano tem problemas. Problemas mentais, realmente. Nossa mente é limitada, obstinada e completamente, indefinidamente apaixonada pela complexidade. Para nós, para que algo seja satisfatório, não pode ser simples, temos que ir até o fundo do poço para descobrir o segredo. Mas acontece que ficamos tempo demais debaixo do poço, e afogamos, e voltamos boiando para a superfície. Às vezes, temos apenas que nos perguntar: o que aconteceria se tentássemos descobrir o segredo direto da superfície, sem ter que complicar o processo? A resposta pode ser simplista, pessoal, e até contraditória, mas, pelo menos para mim, parece a verdade: seríamos mais felizes.

Nós somos seres megalomaníacos. Desejamos sempre alguma explicação grandiosa ou que tome proporções que assustem e/ou encantem o público ouvinte. E geralmente, de algum modo, conseguimos. Mas a um alto custo (não estou falando de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos) e em um tempo relativamente grande, comparado ao resultado obtido através da simplicidade. Imagine se o ser humano fosse simples desde o começo. Poderíamos estar bem mais evoluídos neste momento...

Aqui vai mais uma de minhas teorias, e espero que meus leitores não se assustem com ela, porque não é a primeira nem será a última.

A mente humana é limitada. Dizem que só conseguimos usar, no máximo, 2% da capacidade cerebral. Conseguimos usar isso no nosso dia-a-dia, mas há certos momentos em que nosso cérebro decide utilizar sua capacidade quase total, o que ocorre, geralmente, durante o período R.E.M. do sono (o sono R.E.M. caracteriza-se pela dessincronização dos potenciais, episódios de movimentos oculares rápidos e atonia muscular. Além disso, este estágio é denominado também de sono dos sonhos, uma vez que é o período no qual estes ocorrem) ou então no período pré-R.E.M.
Todos temos crenças (crença vem de acreditar) e valores. Há pessoas que acreditam no sobrenatural, e há pessoas que até já testemunharam o sobrenatural, em situações em que é impossível provar que algo estranho não estava presente. Aonde mais presenciamos fatos surreais, mais comumente? Nos sonhos. E é lá que o cérebro está usando sua capacidade máxima para nos proporcionar visões como um mundo só nosso, monstros, magia, poderes, etc. O cérebro geralmente usa sua capacidade total no sono R.E.M., mas nada impede que ela seja usada em momentos conscientes também. Às vezes, temos lapsos de inconsciência profunda (vulgo briza), que podem chegar a um ponto tão extremo, que o cérebro pode interpretar como se o seu dono estivesse dormindo, e é aí que ele começa a se soltar. É como um adolescente que, enquanto os pais estão em casa, se comporta, mas quando eles saem para viajar, chama os amigos para uma festa de arromba. Durante esse processo, o cérebro também solta uma quantidade voraz de hormônios, que podem explicar a tensão muscular, a quantidade exorbitante de pensamentos extraordinários que a pessoa tem. Quase como se fosse uma droga. E uma droga potente. E logo depois que passa este súbito momento, não lembra de mais nada, assim como não nos lembramos dos sonhos da fase R.E.M. Voilà! Aí está a explicação não tão sobrenatural para o sobrenaturalismo, espíritos e tantas outras coisas! Os sonhos dominam a mente humana, temos que ter cuidado.

Se tudo fosse tomado como simples e não apelando para as minuciosidades do complexo, talvez os seres humanos conseguiriam compreender melhor o sentido da vida, e de tudo o que está ao nosso redor. Se as pessoas encarassem as coisas que inicialmente acham complexas com um pouco de simplicidade, elas ficariam mais fáceis, simplesmente pela displicência e subestimação, que muitas vezes são necessárias. Este é o princípio de "Divisão e Conquista", que trata de repartir um problema grande em problemas menores para ser de mais fácil resolução. Ah, se todos os humanos fizessem isso...

sexta-feira, maio 13, 2011

Personal Jesus

"Feeling unknown and you're all alone
Flesh and bone by the telephone
Lift up the receiver, I'll make you a believer
Take second best, put me to the test
Things on your chest, you need to confess
I will deliver, you know I'm a forgiver

Reach out and touch faith"
                                            Depeche Mode
Desde quando Jesus é para apenas um grupo de pessoas? Meus estudos analíticos na história do mundo revelam que todos tem o seu Jesus particular, independentemente da religião. É bem verdade que os estudos não chegaram a ser uma tese, nem mesmo um trabalho de pesquisa em campo, estão apenas na minha cabeça e em alguns dos posts que escrevo por aqui. O título da postagem é o nome de uma música que gosto muito da banda de synthpop Depeche Mode, e achei apropriado para esta postagem.
Ao observar outras religiões, percebemos que muitas são bem diferentes daquela que nós estamos acostumados, algumas até com politeísmo (vários Deuses). Mas paremos para pensar um pouco... será que são mesmo diferentes as religiões ou então apenas os jeitos de contar as histórias são diferentes? Usando este preceito, comecei a investigar e correlacionar fatos da Bíblia Católica com os ensinamentos propostos em outras religiões e descobri algo fascinante, se não polêmico.
O fato é que realmente, a diferença entre muitas das religiões está apenas no modo que a história foi contada. Por questões étnicas, éticas ou de observação da natureza, algumas modificações foram feitas, para demonstrar os atos e histórias religiosas de certo modo que sustentasse os argumentos da classe dominante de cada sociedade. Mas se for analisar bem a fundo, percebemos que é tudo a mesma coisa. Tomar um exemplo a criação do Universo. A Bíblia Católica diz que Deus criou tudo o que existe em 7 dias, que antes existia o caos e que fez primeiro a luz, depois os astros, o firmamento, e por aí vai... Vamos pegar um exemplo da religião politeísta grega. O começo de tudo também era o Caos, e então Gaia se criou do caos, junto com Tártaro, Eros, Érebo e Nix, e deu a luz a Urano. Com Urano, teve 12 filhos (astros), entre eles Cronos (Saturno) e logo após gerou os os Ciclopes e os Hecatônquiros. Após isto, Urano, temendo o poder dos filhos, trancafiou-os de volta ao ventre de Gaia, mas Cronos resolveu libertá-los e, como vingança, castrou o próprio pai, separando a terra do firmamento. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, brotaram os Gigantes e Afrodite, e a terra se fertilizou. Após tudo isso, nasceu Zeus, filho de Cronos e Réia, que viria a ser o governador de todo o Universo... Notaram as semelhanças? As diferenças constam apenas na étnica dos povos.
Agora vamos falar sobre o personagem principal deste post. Jesus não existe apenas nas religiões Católicas ou Judaica. Encontramos Jesus também no personagem de Maomé, na fé muçulmana, que todos acreditam ser o profeta de Alá e que realizou inúmeros sinais e propagou a religião muçulmana a todo o Oriente Médio, o que a fez abrir as portas para o mundo inteiro. Nas religiões orientais, encontramos Buda, o ser iluminado, que abdicou do trono real e dos bens materiais para viver uma vida pura, ensinando às pessoas como obter a paz interior e alcançar o Nirvana (que, em uma analogia, seria o Paraíso). Voltando para a Grécia, encontramos o filho de Zeus com uma humana, Hércules, semi-deus forte e destemido que fazia proezas em favor dos humanos e que teve que executar 12 trabalhos de altíssima complexidade, dignos de um Deus (se não estou enganado, Jesus fez exatos 12 milagres que estão descritos na Bíblia Católica).
Com isso em mente, podemos refletir sobre o seguinte: será que existem diferenças entre as religiões, a não ser as diferenças étnicas entre os povos? Tudo está interligado, não podemos negar. É só saber analisar a fundo tudo o que está escrito nas páginas da História que, ao contrário do que muitos pensam, é fascinante! Podemos perceber muitas coisas que até então estavam ocultas aos nossos olhos se compararmos o que a História ensina para nós e o que nos contam desde que somos crianças.