terça-feira, julho 29, 2014

Uma história de amor entre estrelas


Quero que o céu seja pra mim o mar dos meus sonhos.
Que eu possa acordar com a certeza de que, flutuando, a falta de respiração é apenas o excesso de fascinação.
Um sério êxtase da minha própria suavidade pesada. Uma gravidade que insiste em me puxar para cima. Para baixo.
Que as nuvens me confortem como águas-vivas em colônia, deixem-me queimar em sua pele de veludo e façam-me ver que nadando para cima se consegue ir cada vez mais fundo.
Acima do céu só vejo o alaranjar de um por-do-sol que se reflete e se espelha e se espalha e me espanta. Laranja como o mar em seu ápice. Laranja como o céu, que se abre.
Para a Lua se duplicar.